7º/8º (Sétimo/Oitavo) andar

Bom, não sei bem como começar... mas vamos lá!
Tenho 22 anos e trabalho num escritório de advocacia. Trabalho o tempo todo de terno e gravata. Estou no meu terceiro ano de direito e não sei bem ainda que área seguir: criminal, legislativa ou trabalhista. Enfim, esse assunto não interessa. Trabalho no décimo primeiro andar, quase no último do prédio. Eu não gosto muito de esperar o elevador, mas infelizmente sou obrigado. Afinal subir onze andares não é pra qualquer um, e muito menos pra mim.
Sou gay assumido, mas daqueles bem discretos, porém não consigo disfarçar muito quando vejo um Deus grego deslumbrante à minha frente. Sabe, fico tão excitado e nervoso que afrouxo a gravata, me abano com as pastas quando as carrego, enxugo o meu rosto com um lenço que sempre deixo no bolso esquerdo do terno e olho demais para ele que acabo dando umas brechas. No final de cada dia de trabalho acabo chegando em casa viçando e como estou sem companheiro, vou de encontro ao banheiro para soltar pra fora todo aquele prazer consumido num curto tempo de desejo ao apenas olhar para um homem. E bota homem nisso!

Tenho o prazer de todo dia levantar para trabalhar, pois sei que mais uma vez vou pegar um daqueles elevadores com tanto homens tesudos e gostosos. Ah, eu me sinto bem e de certa forma realizado! No escritório sou o Office Boy, por isso que ando de elevador assim como ando de ônibus.

Num dia desses que vou de encontro ao meu posto de trabalho, assim como qualquer outro dia “normal” para quem mora na cidade de São Paulo, fica eu ali naquela bendita fila de espera do elevador aguardando minha vez para entrar naquela enorme lata de sardinha de inox cheia de um povo sério e aparentemente infeliz.
Credo, na hora bate um receio de ficar assim depois que me formar. Como estava sem paciência, aproveitei que estava bastante adiantado nas tarefas e nem um pouco atrasado no horário, decidi voltar para fora do prédio para fumar e ver se aquele povo todo evaporava da minha frente quando voltar.

Viro-me para ir de encontro à porta rotatória do prédio, esbarro num pobre coitado que estava vindo com pressa para tentar entrar no elevador. Desastrado, acabei deixando cair alguns arquivos que ele trazia em mãos que acabaram se misturando com os papéis que estavam em minha pasta. “Pronto, vou ouvir um monte de insultos agora!“ - imaginei. Nem conseguia olhar para o rapaz preocupado no que ele poderia me dizer. Estava mesmo tentando separar aquela bagunça de papéis que caíra no hall de entrada do edifício. Pegando um aqui e outro ali - totalmente desesperado, pois o cara tava com pressa pelo que percebi - o bondoso homem tentava me acalmar dizendo que estava tudo bem! “Tudo bem?” – me perguntei na hora. Ainda com aquela cara de “taxo” pela expressão do bondoso moço me virei finalmente para ver a face daquele lindo ser. “Meu Jesus Cristo, o que é esse ser?” – era só o que conseguia pensar. Estava literalmente, totalmente, universalmente hipnotizado! O moço era lindo de morrer e eu não conseguia desviar meu olhar do dele. Para quebrar logo aquela cena de cinema linda de amor - o moço apontando para meu crachá - pôs-se a perguntar se eu trabalhava naquela empresa que era a qual estava indo. Voltando minha mente de algum lugar que nem eu sabia ao certo onde era só consegui dizer uma única palavra: Hã? Novamente o belo moço refaz sua pergunta e finalmente respondo que sim. Juntamos todos os papéis do chão e com a idéia brilhante dele sentamos numa das poltronas no hall do prédio para separar os papéis que haviam se misturado. A vontade de fumar já havia passado com toda aquela adrenalina que ainda me consumia com ele ao meu lado.
Bom... passado algum tempo conseguimos finalmente separar nossos papéis e voltamos para “pegar” o elevador. Era dia de entrevista dele e parecia que ia trabalhar perto de mim - do meu lado para ser específico.

Uma semana após a entrevista, em plena chata segunda-feira tava lá ele. Aquele anjo deslumbrante chegou primeiro que muita gente. Notava-se que ele estava perdido - era seu primeiro dia de trabalho. Logo fui deixando-o a vontade e conforme surgiam dúvidas ele me chamava para esclarecê-las. Ai que delícia!
Ao decorrer dos dias ele foi notando que eu era uma das pessoas mais extrovertida da empresa – modéstia parte. Eu zoava com todos assim como eles também replicavam. O que eu nunca deixava de limitar eram minhas brincadeiras mais eróticas expondo por um lado minha opção sexual.
Eu perturbava os meninos com papos que eles detestavam, mas éramos tão colegas que tudo não passava de meras palavras. Era piadinha pra cá outra pra lá, mas o trabalho era o mais importante. O fato era que isso nos deixava mais a vontade e tirava aquele clima tenso e chato de seriedade do local de trabalho. Assim, vendo isso o pobre coitado se sentia acanhado por falar alguma coisa quando a piada sobrava pra ele, mas não deixava de expor que gostava das piadas quando ria em conjunto com todos.
Passaram-se meses e a cada dia ele se acomodava mais às nossas brincadeiras. Passou a almoçar conosco e a curtir “happy hour” dia de sexta-feira. Tornamos-nos a partir daí grandes colegas de trabalho.

Indo trabalhar, deparo-me com ele novamente na fila para entrar no elevador. Neste dia tava chovendo forte e havíamos chegado com certo atraso devido ao trânsito. Ficamos então esperando o tão disputado elevador. De vagar e sempre conversávamos a respeito de trabalho e outros assuntos aleatórios. Finalmente chega nossa vez de entrar. Aleluia! Entraram ao todo cinco pessoas. Duas delas descem no terceiro andar e a outra no quinto. O próximo seria o nosso - o Décimo Primeiro andar.

Estávamos conversando quando de repente o elevador pára! Putz, o que aconteceu!? logo imaginei. As luzes do teto piscaram poucas vezes, porém o elevador permanecia no mesmo lugar. Visto que havia algum tipo de problema eu logo fui tentar saber de algo por intermédio do telefone de emergência. Eu estava tão nervoso e estava tão escuro que mal pude enxergar-lo. Nervoso pelo fato do telefone estar mudo logo me preocupei. Bruno – o cara novato - tentava me deixar calmo e dizia coisas que mal escutava para tentar me relaxar.
Eu nem sei como ele conseguiu, mas sentia o calor do corpo dele vindo do peito e dos braços que me acochavam. Talvez não fosse bem assim que ele queria, mas foi desse jeito que ali ficamos.
Não demorou muito até eu ficar calmo e logo senti formigar meus pés, mãos e de vagar o corpo inteiro. Comecei a ficar excitado por estarmos ali só aquele Deus Grego e eu. Nossa! Não consegui nem mais pensar muito nas minhas atitudes, mas também não conseguia pensar em mais nada a não ser em aproveitar daquele momento.
Voltei-me de frente para ele vagarosamente e com muito medo encostei minha mão em seu peito. Ai meu deus! Ele simplesmente não fez nada, mas disse para eu parar! Eu não consegui! A cada momento eu ficava mais nervoso! Ele dizia com toda calma - “pare com isso, o elevador pode voltar a qualquer momento e vão nos ver”. Eu ainda não conseguia dizer nada e de vagar ia seguindo os meus instintos. Conforme aquele fogo me consumia, minha mão descia de encontro ao seu órgão másculo que de longe eu percebia que estava meio ereto que foi quando percebi que ele também estava “nervoso”. Não demorou muito para eu consegui chegar lá. Acariciava-o como seu eu nunca tivesse pegado num antes. Conforme gemia eu caprichava ainda mais. Logo e tão rápido quanto imaginava, eu já sentia o cheiro da sua “boxer” branca que mal reluzia no escuro todo aquele mastro que estava louco para respirar. Claro que não ia deixar o coitado sufocar ali.
Tirei o Júnior branquinho bem acordado para respirar e como qualquer mamãe querida dei de mamar a ele. Nossa como tava bom! A cada gemido que Bruno dava eu surtava sentindo a cada centímetro aquele mastro gostoso que só com muito esforço cabia todo em minha boca. Nossa que tesão!
No escuro daquele elevador, eu com certeza ultrapassava qualquer andar que pudesse existir. Chegava nas nuvens e até mais além a cada gemida que ele dava que só parou quando disse que tava ficando satisfeito. “Chega! Para! Eu não vou segurar!”, ele dizia já todo suado. Eu não conseguia me desgrudar. Era muito bom. Estava muito bom e eu só me sentiria satisfeito se terminasse. Continuei, engoli, continuei e com ajuda da mão queria vê-lo terminar. Vem! Vem! E ele “Ta vindo, Ta vindo!”, gemendo gostoso, me deixando mais excitado a cada momento de suspense esperando aquele creme para eu saborear. “Ahhhhh” ele gritou de prazer. Eu com a boca cheia eu não conseguia demonstrar também o quão tava gostoso sentir todo o seu prazer. Delícia! Ele não parava, parecia que não terminava nunca, mas eu não “arreguei”! Fiquei até ele terminar de gritar de tesão!
Terminando, aproveitando que eu estava ainda agachado disfarcei e cuspi tudo no lenço que sempre carregava para não deixar rastro no elevador. Ele por sua vez sussurrava risos quando fechava o zíper da calça. Júnior ainda estava sensível de prazer. Arrumamos-nos e sem olhar para o outro e nem falar nada ficamos esperando o elevador voltar a funcionar ou alguém nos resgatar dali. Não demorou muito ouvimos vozes de pessoas que vinha de fora, e com um pé de cabra conseguiram abrir o elevador que estava preso entre o Sétimo e o Oitavo andar. Saímos pelo Sétimo, pois era o que dava mais segurança. De escadas, fomos de encontro ao escritório que ficava quatro andares acima. Subimos um olhando para o outro sorrindo parecendo dois idiotas. Acho que pensávamos do mesmo jeito: “Não acredito que fiz isso!”.